Uma nova e importante atualização do algoritmo Google vai acontecer em 2021. Devido a pandemia da Covid-19, a gigante das buscas resolveu anunciar sua próxima atualização com antecedência, para as empresas se prepararem.
Neste artigo vamos falar da novidade Google Page Experience. E como o nome já entrega, o foco será ainda mais na experiência do usuário (UX).
O acesso mobile transformou a experiência que os consumidores têm com uma marca ou produto. O que funcionava no desktop, com o usuário sentado na frente do computador, tem boas chances de não funcionar nos vários contextos que o mobile oferece.
E isso é bem impactante no Brasil, conforme mostram estudos. Até o ano passado, três em cada quatro brasileiros tinham acesso à internet e, entre eles, o celular era o equipamento mais usado. Entre 2017 e 2018, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessaram a internet pelo celular passou de 97% para 98,1%.
User Experience, ou UX, é a experiência do consumidor ao usar um produto ou serviço. E tem um papel muito importante. Até mesmo profissionais de marketing precisam entender um pouco disso. Isso porque o UX trabalha com questões funcionais e práticas, mas também com todo o lado emocional da experiência.
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Índice
O que vem a ser o Page Experience?
Em um mundo ideal, o usuário deveria clicar em um link nos resultados da pesquisa e a página correspondente apareceria instantaneamente. Mas todos sabemos que isso é um sonho. Ao longo dos anos, as páginas aumentaram de tamanho e a popularidade do JavaScript tornou-as cada vez mais complexas e difíceis de carregar.
Mesmo com conexões à Internet extremamente rápidas e dispositivos potentes, carregar uma página da Web pode ser um entrave para a navegação. Para os usuários, aguardar o carregamento já virou motivo de stress. Sem falar no fraco desempenho que alguns sites oferecem e acabam levam a erros de cliques e similares.
Durante anos, otimizar o desempenho dos sites significava principalmente otimizar a velocidade. Mas os tempos de carregamento são apenas parte da equação e a outra parte é mais difícil de definir e medir. É sobre como um usuário experimenta todas essas otimizações.
O site pode ser rápido de acordo com as métricas, mas ele realmente é rápido? Portanto, é hora de dar uma olhada drástica na experiência da página.
Vamos ouvir o que o Google tem a dizer:
“Ótimas experiências na página permitem que as pessoas façam mais e se envolvam mais profundamente; por outro lado, uma experiência ruim na página pode impedir que uma pessoa encontre as informações valiosas em uma página. ”
Confira os itens que são levados em consideração no Page Experience:
se a página carrega rapidamente; se tem compatibilidade com dispositivos móveis; se a páginas é executada em HTTPS; se há presença de anúncios intrusivos; se o conteúdo “salta” (oscila) à medida que a página é carregada. |
As métricas essenciais da web
Ou… Core Web Vitals
Em maio de 2020, o Google anunciou o Web Vitals – conjunto de métricas completamente pesquisado para ajudar qualquer pessoa a determinar oportunidades para melhorar a experiência dos seus sites.
Dentro dessas novas métricas, há um subconjunto de métricas em que cada proprietário do site deve se concentrar, os chamados Core Web Vitals.
“os principais vitais da Web são um conjunto de métricas centradas no usuário no mundo real que quantificam os principais aspectos da experiência do usuário”.
Segundo Google
Cada Core Web Vital analisa uma parte específica do quebra-cabeça da experiência da página e, juntos, ajudam o Google e você a entender a experiência percebida de um site. Os principais vitais da Web estão disponíveis em todas as ferramentas do Google que medem a experiência da página.
O Core Web Vitals evoluirá com o tempo e novos poderão ser adicionados. Em 2020, o Google identificou três pontos focais específicos:
- Carregamento
- Interatividade
- Estabilidade visual
Esses pontos focais correspondem a três novas métricas:
- LCP (Largest Contentful Paint): mede o desempenho de carregamento. Para fornecer uma boa experiência ao usuário, o LCP deve ocorrer dentro de 2,5 segundos após o início do carregamento da página.
- FID (First Input Delay) ou atraso na primeira entrada: o FID analisa quanto tempo leva para um navegador responder a uma interação iniciada pelo usuário (clicando em um botão, por exemplo).
- CLS (Cumulative Layout Shift) ou Mudança de layout cumulativa : essa nova métrica mede a porcentagem da tela afetada pelo movimento, ou seja, as coisas pulam na tela?
Como você vê, essas métricas principais não apenas analisam a rapidez com que algo carrega. Eles também analisam quanto tempo leva para os elementos ficarem prontos para uso.
A mudança de layout cumulativa é a mais inovadora do grupo. Isso não tem nada a ver com velocidade, mas sim com a tão temida “má experiência do usuário”, como apertar um botão errado, porque um anúncio foi carregado no momento final. Pense em como você se sente quando isso acontece? Muito irritante, certo?
>>> Enquanto a atualização não chega, é importante relembrar alguns fatores que o Google já considerava como regras, antes da criação do Core web Vitals:
Mobile-Friendly: a página deve ser compatível com dispositivos móveis. Verifique se suas páginas são compatíveis fazendo o teste de compatibilidade com dispositivos móveis.
Safe browsing: a página não pode ter conteúdo malicioso ou enganoso. Verifique se o seu site apresenta algum problema de navegação segura no relatório de problemas de segurança.
HTTPS: verifique se a conexão do seu site é segura. Veja também se não há problemas de conteúdos mistos (seguros e inseguros) nas páginas. Se você ainda não tem um certificado de segurança no site, saiba que o Google pode estar te penalizando por isso.
Intersticiais intrusivos: o conteúdo da página deve ser facilmente acessível ao usuário, sem popups ou banners intrusivos. Saiba como os intersticiais podem tornar o conteúdo menos acessível.
Como se preparar para o que vem por aí
Devo me preocupar com essa atualização?
Sim, principalmente como já falamos, pela importância cada vez maior em relação a uma boa experiência do usuário. Não tem muito a ver com a mudança no algoritmo em si, mas sim fazer o mínimo que se espera de um site: oferecer navegação rápida e segura, além de conteúdos realmente relevantes.
Com o anúncio antecipado do Page Experience, o objetivo do Google é fornecer tempo o suficiente para que os profissionais de SEO e donos de sites possam se adequar às mudanças.
O Google está se esforçando muito para conseguir que todos os proprietários de sites se adaptem às mudanças na experiência da página. Ferramentas novas ou atualizadas ajudam a obter as informações necessárias.
Eles também ajudam você a entender o que tudo isso significa.
- O Lighthouse no DevTools está agora na versão 6.0
- O PageSpeed Insights incorpora as novas métricas
- A nova API do Relatório de experiência do usuário do Google Chrome permite acessar até 28 dias de dados históricos para suas URLs
- Experience Section no painel Desempenho do DevTools
- O novo relatório Core Web Vitals do Search Console para obter um resumo do desempenho do site
- Extensão Web Vitals Chrome para acesso rápido às métricas do navegador
Conclusão
Conteúdo continua sendo REI. Comece agora mesmo a testar, comece a melhorar! Até pouco tempo atrás, otimizar seu site para a experiência e a velocidade do usuário era parecido com um vôo cego. Era complicado entender sobre o que torna um site rápido e o que fazer em relação a isso.
Ao longo dos anos, o Google viu a necessidade de boas métricas e ouviu a voz dos usuários que precisavam de sites utilizáveis, seguros e rápidos.
Ao anunciar essas métricas como fatores de classificação, o Google torna a experiência da página mensurável e considera útil o suficiente para avaliar os sites.
Lembre-se de que a atualização não será lançada até 2021, mas as ferramentas estão disponíveis (conforme os links acima), para que você possa começar a testar e melhorar.
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Até o próximo Post!