Se você pretende investir em e-commerce (vendas pela internet), é bem possível que se confunda entre uma loja online e um site de vários vendedores, conhecido tecnicamente por Marketplace. 

Muita gente pensa que são a mesma coisa. Mas, embora ainda tenham o mesmo objetivo, que é o comércio eletrônico, uma plataforma (ou portal) onde se reúnem vários fornecedores é bem diferente de uma loja online. 

As lojas online surgiram no Brasil em 1995, quando a internet começou a ser usada para outros fins que não a comunicação. O modelo de marketplace começou alguns anos depois, quando as pessoas começaram a depender mais e mais das compras online.  


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O termo “online” é muito genérico. Parece haver inúmeras opções de comércio eletrônico, com novos negócios nascendo todos os dias. Escolher a melhor alternativa de venda pode ser uma tarefa desafiadora, ainda mais com a concorrência que não para de crescer.

É bom lembrar que com a aceleração das mudanças no mercado, o comportamento do consumidor também vem se tornando cada vez mais digital. No Brasil, nos últimos anos o e-commerce já vinha registrando bons números de crescimento. 

Porém, devido ao isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, houve um crescimento maior que o esperado em relação a novos consumidores comprando através de lojas virtuais. 

A necessidade de sobreviver ou manter os negócios funcionando, fez com que muitas empresas apostassem no varejo online como uma nova opção de vendas. 

  • Mas por onde começar? 
  • Qual é o canal mais indicado para vender online? 

Nesse artigo, vou mostrar a diferença entre loja virtual e marketplace, e como o seu negócio pode ser potencializado através dessas duas modalidades. 

Como funciona uma loja online

Trata-se de um canal de vendas alocado em um site próprio, normalmente utilizando uma plataforma de e-commerce (existem inúmeras no mercado), para realizar a gestão mais adequada do negócio, ter mais controle e aumentar a rentabilidade.

Nesse modelo, apenas o catálogo de produtos da loja é comercializado no site e o lojista (proprietário) fica responsável por todas as estratégias envolvendo o e-commerce: logística, segurança da informação, antifraude, ações de marketing, métodos de pagamento, relacionamento com o cliente e suporte. 

Apesar de ser um pouco trabalhoso manter uma estrutura dessas, acaba sendo um espaço exclusivo da loja virtual e com autonomia em todas as áreas.

Ter uma loja virtual própria permite ao empreendedor mais liberdade para   construção da marca em longo prazo e também o relacionamento direto com os consumidores, pois não há um intermediário na transação.

Além disso, a maior preocupação para quem abre uma loja online é o número de acessos, ou seja, a geração de tráfego. 

Se o público não conhece e não visita seu site, não haverá vendas, comprometendo a existência do negócio.

Criar uma loja virtual do zero, demanda tempo e um bom investimento, pois, nesse caso, é necessário desenvolver toda a infraestrutura. 

Alguns serviços específicos são terceirizados, como desenvolvedores de site, servidores de banco de dados, gateways de pagamento, sistema antifraude, entre outros. 

Tente optar por uma plataforma com modelos prontos de lojas virtuais. Nesse caso, o tempo e o investimento de desenvolvimento são bem menores, uma vez que a estrutura já está pronta, bastando apenas configurar de forma correta para começar a vender. 

Vantagens

  • Maior autonomia;
  • Liberdade de decisões do negócio;
  • Personalização e construção da marca de acordo com o seu objetivo e público-alvo;
  • Canal de venda com maior potencial;
  • Direcionamento próprio do marketing.

Desvantagens

  • Investimento inicial alto caso opte em começar do zero;
  • Necessidade de investimento em marketing;
  • Dificuldade para trazer tráfego de visitantes.

Como funciona o marketplace

É um modelo de negócio onde o vendedor utiliza o espaço de outra loja que já esteja consolidada, funcionando como uma vitrine para o e-commerce. 

Nessas plataformas, os produtos são comercializados lado a lado com mercadorias de outros vendedores, sendo paga uma taxa ao marketplace para cada item vendido. Geralmente as estratégias de marketing, captação de clientes, segurança e logística são responsabilidades da parceira ou realizadas em conjunto. 

Pense no marketplace como se fosse um grande shopping center, só que na internet. Nesse tipo de plataforma, estão disponíveis milhares de empresas, ou seja, diversas lojas virtuais, como o Mercado Livre, Amazon, entre outras. 

Dessa forma, o consumidor ganha tempo e comodidade ao pesquisar por marcas e preços diferentes em um mesmo lugar.

Esse é um canal de e-commerce no qual uma grande corporação disponibiliza espaço com toda a estrutura necessária para que os empreendedores online vendam seus produtos. Como o marketplace ganha com as vendas realizadas pelas marcas, é ele quem investe em tráfego e marketing para atrair consumidores.

Vantagens

  • Trabalho em parceria com grandes players de mercado;
  • Alto tráfego de visitantes;
  • Maior visibilidade;
  • Infraestrutura pronta para venda;
  • Compartilhamento de custos com logística, pagamento, conciliação financeira e antifraude;
  • Baixo custo com marketing;
  • Sistema de recomendações bem estabelecido;
  • Alto nível de confiabilidade.

Desvantagens

  • Infraestrutura limitada de personalização para sua marca;
  • Dependência;
  • Alta concorrência interna;
  • Altas taxas administrativas;
  • Muitas vezes a marca fica “escondida” atrás de outras mais famosas.

Marca e Reputação

Dependendo do que você está vendendo, às vezes pode ser benéfico incluir seu produto no meio de uma grande quantidade de outros produtos. Talvez sejam produtos complementares e possam fazer com que os compradores gastem mais do que realmente gastariam.

Para dar um exemplo, se você está vendendo baterias, pode ser bom vendê-las lado a lado com um produto que usa essas baterias, como equipamentos para automóveis, por exemplo. Se você vende acessórios de telefone, deseja oferecê-los em um lugar onde as pessoas vêm para comprar telefones.

No entanto, se você acha que seus produtos são únicos e o fato de serem vendidos junto com outros produtos semelhantes pode prejudicar suas vendas ou reputação, é melhor vendê-los por meio de uma loja online. 

Este tipo de site próprio, irá ajudá-lo a impulsionar a identidade da sua marca e o seu alcance na internet, pois pode atrair mais tráfego do que uma simples apresentação do seu negócio. 

Você será pessoalmente responsável pela satisfação de seu cliente em termos de pagamentos, entrega e desempenho. Isso significa que, se você levar isso a sério, poderá promover sua marca de uma forma que nunca faria em um marketplace.

Marketing e tráfego

Depois de ter seus produtos oferecidos no marketplace, você não tem mais nada a ver com sua promoção. O proprietário da plataforma tem interesse em vender o máximo que puder e isso também inclui a sua oferta.

Grandes players como a Americanas, fazem bastante marketing para atrair o maior número possível de clientes ao portal. A taxa de tráfego que eles têm é algo que você provavelmente não conseguirá atingir meses após iniciar seu site de comércio eletrônico.

A desvantagem disso é que esses não serão seus clientes e nem todo o tráfego que o marketplace atrai aparecerá em suas vendas

Você não terá como saber os dados mais detalhados do cliente e nem como pode ser abordado estratégicamente. Isso o deixa sem leads e sem relacionamento direto com o cliente.

No entanto, se você é quem gerencia todas as vendas e lida com os detalhes do cliente, terá muitos leads e clientes satisfeitos para incluir em suas campanhas futuras. 

Falando em campanhas de marketing, você pode projetá-las e conduzi-las da maneira que achar adequada, se optar por criar um e-commerce.

Conclusão

Você teve a chance de entender que ambas as abordagens de vendas têm seus prós e contras. Talvez possa usar as duas alternativas até para testar os resultados e decidir qual vale mais a pena. 

Se tiver algo para vender pela internet, não hesite: invista em uma loja virtual e promova sua marca para atrair interessados e clientes.

A identidade da marca é que vai ajudar sua empresa a sobreviver e lutar contra a concorrência. Além disso, use o fato de que um marketplace tem menos custos envolvidos e é menos atraente para ter seus produtos visíveis e disponíveis para um número maior de clientes.

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Até o próximo post!

2 thoughts on “Loja online ou Marketplace: Qual a melhor opção para vender pela internet?
  1. Juarez Beltrão

    Excelente artigo. Objetivo e bastante esclarecedor para quem necessita ampliar sua vendas. Quem ainda não vende pela internet está perdendo tempo e dinheiro. Belo artigo, Gustavo.

    21 de outubro de 2020Reply
    • Gustavo Trentini

      Que legal que gostou Juarez! Continue acompanhando nossos conteúdos. Grande abraço!

      26 de outubro de 2020Reply
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